sábado, 18 de julho de 2009

Só Solidão


Não sei se de magia de condão,
Se de riso e paixão,
A analogia que as envolve é mais que una e só.
Voa o som do murmuro remexendo o pó.
Das memórias gritam saudosas carícias nostálgicas ressuscitando a dor.
Cravo-me sem pudor.
Dispo-me do tédio e entrego-me na ilusória mão.
Mas em vão. Não é mais que o que é, é apenas ilusão.
Grito ao meu ego bem fundo na dor impertinente
Que persistente me devolve ao fiel leito de nostalgia demente.
Sem ilusão mais no invés do fio da navalha resta-me um gume e a parede.
Bebo de mim o que esvaio então.
Sei, no momento em questão, que nada mais se presta idulaterável senão a solidão.

Pedru Li 22 de Março de 2008

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